Pesquisar este blog

domingo, 21 de novembro de 2010

Cultura Afro-brasileira: Sugestões de atividades

18ª Coordenadoria Regional de Educação
ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO SOBRE CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Professora: Rosângela Moura Samaniego
Blog: produtodesaladeaularosangela.blogspot.com
Email:rosamaniego13@yahoo.com.br


   “Perguntaram a Portinari por que pintava aquela gente negra, feita de homens degredados da sorte. O pintor respondeu: - É preciso haver mudança, o homem merece uma existência mais digna. Minha arma é a pintura”.

Cultura Afro-brasileira




Sugestões de Atividades para a disciplina de Arte

Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares.

Música

A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileiras mais conhecidas são, o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.
Instrumentos afro-brasileiros: Afoxé, Agogô, Atabaque, Tambor, Xequerê, e Berimbau (usado na Capoeira - arte marcial criada por escravos negros no Brasil durante o período colonial).

Sugestões de atividades:

• Audição, estudo, e ilustração de músicas.
 Criar letras de música e paródias (podem ser gravadas através do Programa Audacity).
• Realizar apresentações de dança.
• Confeccionar instrumentos musicais.

Sugestões de gêneros musicais: Axé music, Funk carioca, Pagode, Samba, Rap (tanto os ritmos marcados e repetitivos, como a força da palavra, e especialmente da palavra cantada presentes no Rap remetem a características das sociedades africanas. Além de narrar fatos do cotidiano e fazer a crônica dos acontecimentos, como fazem as sociedades africanas, as letras das músicas de rap denunciam a opressão e a marginalização a que estão submetidos os habitantes das periferias dos grandes centros urbanos, em sua maioria negros e mestiços. Geralmente acompanhando a música há um tipo específico de dança, o break, no qual as marcas africanas também são evidentes. Não mais o requebro dos quadris e o meneio de ombros presentes no samba, mas a quebra dos movimentos na qual a parte superior e a parte inferior do corpo se tornam quase independentes uma da outra, o que também é tipicamente africano).

Sugestões de músicas: Mundo Negro (O Rappa); Pérola Negra (Daniela Mercury); Mamma África (Chico César); Meu Ébano (Alcione); Olhos Coloridos (Sandra de Sá), “Uakti – lágrimas do sul”, “O conto das três Raças” (Clara Nunes).



Dança

A dança afro-brasileira, não possui respaldo técnico definido, nem escola formadora ou disciplinadora, como o "ballet clássico”, que segue na íntegra o modelo Russo. A dança afro-brasileira caracteriza-se, portanto, pela descontração e espontaneidade pessoal e individual do praticante, sem compromisso com técnica ou estilo e sim com sentimento que o move.

Alguns exemplos: baião-de pares, bambelo ou coco-de zambê-de roda, bate-baú-de roda, batuque-de-fileira, calango-de-pares, carimbó-de-roda, caxambu-roda, frevo-individual, jongo-de-roda, lundu-de-pares, macunlelê-de-fileira, mineiro-pau-de-pares, pagode de amarante de fileira, partido-alto-de-roda, samba-de-roda, tambor-de-crioula-de-roda.

Religião




Sugestões de atividades:

• Trabalhar cor, forma e textura presentes nas estampas dos tecidos usados na confecção da indumentária religiosa.
• Confecção de acessórios.

Culinária

A influência africana mais intensa está na culinária baiana, onde o azeite de dendê e o uso da pimenta são essenciais. Acarajé, vatapá e xinxim de galinha são alguns dos pratos trazidos pelos africanos, além de alimentos como a banana, o inhame e o cará.

Sugestões de atividades:

• Confecção de alguns pratos afro-brasileiros ( os alunos podem ser divididos em grupos e trazer os pratos prontos de casa).
• Oficina de culinária com a participação das mães.

Folclore e manifestações populares

Carnaval, Festas Juninas, Festa de Nossa Senhora do Rosário, Maracatus, Bumba-meu-Boi, Cavalhadas, Marujadas, Folia de Reis, Festas do Divino, Congadas.

Sugestões de atividades:

• Confecção de máscaras
• Confecção de fantasias
• Desenho e/ou confecção de personagens (papel mache, argila, sucata)
• Encenação

Oralidade/Literatura

Nas sociedades tradicionais africanas, a oralidade (a fala) é instrumento de comunicação mais direta, e elemento central na transmissão do conhecimento acerca das coisas do passado e na educação das pessoas conforme os padrões de comportamento de cada grupo.

 Contos, mitos, provérbios, frases enigmáticas, adivinhações.

Sugestões de atividades:

• Estudo de Contos, mitos, provérbios, adivinhações, frases enigmáticas.
• Ilustração ( desenho, colagem, fotografia, vídeos).
• Criação de livros.
• Encenação.

Técnicas de Produção

Muitas técnicas de produção e de confecção de objetos foram trazidas para o Brasil por africanos, que além da sua força de trabalho também nos deram alguns dos seus conhecimentos. Ferreiros, oleiros, tecelões, escultores, pastores e agricultores são alguns dos exemplos de pessoas trazidas da África como escravas que tinham habilidades específicas.

Sugestões de atividades:

• Escultura
• Cerâmica e Tapeçaria (confecção e estudo de cores, formas e textura, através de desenho, pintura, e artes gráficas – laboratório de informática).
• Tecidos e Estamparia (estudo da cor, textura e formas, através de desenho, pintura, e artes gráficas – laboratório de informática).
• Desfile de moda destacando a influência da moda africana no Brasil (uso de acessórios).

Artistas




O estudo da presença negra e mestiça na arte brasileira pode partir de nomes como, Mestre Valentim, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde. E também artistas do século XX como, Benedito José Tobias, Iêda Maria, Rubem Valentim, Mestre Didi, Ronaldo Rêgo, Otávio Araújo, Jorge dos Anjos, Emanuel Araújo, Heitor dos Prazeres, Djanira da Motta e Silva, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, e outros.

Fontes de pesquisa: